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Conselho Bárdico

Grande Bardo da Lvsitânea - Sebastião Antunes

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Bardo Honorário - Rui Russo

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A Assembleia da Tradição Druídica Lusitana distingue Rui Russo como Bardo Honorário, reconhecimento que ocorreu aquando da Cerimónia Sagrada de Lughnassad, o Festival das Colheitas acontecido à data de 1 de agosto do ano civil de 2022. Rui Russo vem desenvolvendo, com assinalável paixão e persistência, um notável trabalho de pesquisa acerca das raízes mais profundas da Tradição Céltica, presentes na topologia, nos antigos locais de culto e nas manifestações da cultura popular, em particular, na região do Alandroal, onde remontam, também, as suas raízes familiares. Reconhecido, internacionalmente, por meio de galardões, em festivais da especialidade, como realizador de documentários e de curtas metragens de elevada qualidade, na sua obra transparece, de forma evidente, o seu amor pela Terra Lusitana, pelas suas praias, costas, rios, fontes, vales, promontórios e montanhas sagrados. No acervo da sua filmografia destaca-se "Alandroal Border Village" realizado em 2022, premiado em 2023, no festival Finisterra Brasil Film Art & Tourism Festival, que inclui participação ativa da Assembleia da Tradição Druídica Lusitana, nomeadamente a Peregrinação à Rocha da Mina, ocorrida em 2021. Desta colaboração, resultou o Filme "Peregrinação à Rocha da Mina e Ritual das Colheitas" produzido no ano de 2021 para Assembleia da Tradição Druídica Lusitana, rodado no Santuário rupestre da Rocha da Mina e no cromeleque Mātīr Nemet, no Centro Druídico da Lvsitânia, cerca de Reguengos de Monsaraz, que documenta, in situ, a ascensão da Egrégora Lusitana ao primitivo – ou primevo - Santuário de Endovélico e o ritual do Lugnhassad no nemeton do Centro Druídico. Nas palavras de Rui Russo: “Essa, foi uma ligação forte, que perdurará”.

Destaque, também, para o seu documentário "Guardiões da Serra" de 2022, rodado na Serra da Estrela, acerca da problemática ambiental e finalista selecionado no festival de cinema de natureza Do(C)ôa Nature Film Festival, inserido no festival CÔA - Corredor das Artes; bem como para "Schist, A Precious Stone", igualmente premiado, em 2022, no festival Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival. De sublinhar a participação de Rui Russo no projeto "Escola da Floresta", um projeto multigeracional da Freguesia de Cortes do Meio e da Queiró - Associação para a Floresta vocacionado para a temática da proteção activa da floresta. A inspiração artística de Rui Russo sagra-o como Bardo contador de histórias, nele coexistem… em justa harmonia... as antigas raízes bárdicas do guardião preservador do passado destas nossas terras célticas, as reminiscências do saber dos seus Devanceiros e Devanceiras,... com os meios do presente, toda uma tecnologia de drones, máquinas fotográficas e de filmar, contemporânea,... com as lições e advertências para o futuro: a missão de passar a herança material e espiritual da cultura céltica às gerações vindouras.

Bardo Honorário - Francesco Benozzo

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Habitualmente designado como candidato italiano a Prémio Nobel da Literatura, encómio reiterado para o ano de 2017, Francesco Benozzo, conceituado académico, que actualmente exerce funções de Professor Catedrático da Universidade de Bolonha, foi este ano distinguido como Bardo Honorário da Assembleia da Tradição Druídica Lusitana, não só como reconhecimento pelo seu excelente trabalho de investigação histórica, filológica e arqueológica acerca da Cultura Celta, mas igualmente pelo seu contributo artístico para a mesma, quer no respeita ao excelso Ofício da Harpa e do Canto, quer como brilhante Poeta, dimensões em que invariavelmente aborda a nossa Tradição Céltica. Benozzo, personalidade muito identificada com a Lusitânia e com a Galiza, aponta, de entre as suas muitas e válidas teorias, resultantes do seu rigoroso fôlego investigativo, que, no seu entender, tanto a Galiza como a Lusitânia Pré-romanas formam no seu conjunto o berço da Tradição Celta; teoria que, amiúde, tem vindo a ser comprovada por novos dados arqueológicos, históricos e até genéticos, como, por exemplo, a comprovam as experiências levadas a cabo pelos geneticistas Daniel Bradley e Bryan Sykes, de entre outros.

https://www.francescobenozzo.net/about

Bardo Honorário - Espiral Trio

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Contando com várias formações, ao longo dos seus 10 anos de existência, a Espiral Trio é um projeto musical feminino inteiramente dedicado à música celta que tem vindo a abrir um Caminho singular na música tradicional portuguesa. O grupo vem construindo sólida, genuína e apaixonadamente um imaginário sonoro onde se irmanam a música tradicional portuguesa com músicas tradicionais da Bretanha, Irlanda, Escócia, Galiza, País de Gales... O trio feminino, atualmente composto por Anne Clément nas flautas de bisel, tin whistle e gaita-de-foles galega, Emiliana Silva no violino e Sara Vidal na harpa celta, guitarra acústica e voz interpreta composições tradicionais do universo cultural pancéltico e cria, de igual modo, composições originais. O ambiente intimista e introspetivo das paisagens sonoras geradas pela arte do grupo Espiral Trio convida ao recolhimento das celebrações mais íntimas, despertando as reminiscências de um passado remoto, que não raro, aquece o coração e humedece os olhos, presentificando emoções saudosas… Os ritmos e as harmonias alegres dos grandes encontros festivos despertam os passos para as danças das festividades comunitárias de antanho convidando à participação e atualizando compassos e palmas e cantos de outrora. Em cada atuação, a Espiral Trio vai tecendo com a sua Arte uma linha condutora de sentido e alegria muito antiga que se vai estendendo e desdobrando em ondas de ritmo e harmonia, do passado e do presente para o futuro. Por todas estas razões, entendeu o Conselho Bárdico da Assembleia da Tradição Lvsitana reconhecer e homenagear o Grupo Espiral pela sua Arte e labor genuínos, contínuos e resilientes, em prol da Tradição Celta distinguindo-o como Bardo Honorário da Tradição Druídica Lusitana.

Sebastião Manuel Duarte Antunes é guitarrista, compositor, letrista e intérprete luso que tem cultivado ao longo da sua vida artística a fusão entre a música tradicional portuguesa e a céltica. Neste sentido, foi reconhecido pelo Conselho Druídico da Assembleia da Tradição Druídica Lusitana pelo valor da sua dedicação, do seu compromisso e do seu labor ao longo destes anos em torno da música Tradicional Céltica Lusitana.

A sonoridade da sua música, bela, aparentemente simples na real complexidade das suas formas, acessível a todos e contagiante remete para as antigas tradições bárdicas dos contadores de histórias que, nas comunidades celtas de antanho, se reuniam à volta das fogueiras e das lareiras, ou nas grandes celebrações populares, cantando e dançando e partilhando mitos, contos, cantos e lendas, atualizando e passando, desse modo, de forma lúdica, despretensiosa, mas não obstante, sempre sapiencial, a tradição a todos os membros da tribo. Nas suas letras contadas, cantadas, revividas escutamos as vozes dos povos do mar e das suas crenças, aventuras e desventuras, vemos as danças das moças nos terreiros e os seus cantos, revivemos as sortes deitadas à Lua, ouvimos o crepitar dos lumes e sentimos os sons e os cheiros encantatórios das noites, tanto nevoentas e invernosas, como quentes, luminosas e festivas. Todo um universo musical que reflecte o apelo da alma lusitana e celta unidas – um apelo vindo das entranhas da Terra e das funduras do Mar - numa saudade sem tempo, tão saudosa do passado como de um futuro que se festeja na cadência de cada refrão e de cada rima.

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